Medidas hidrométricas, monitoramento da qualidade da água e estudos técnicos em modelos matemáticos em praticamente todos os condutos e córregos que drenam a cidade de Buenos Aires, a zona norte do rio Luján e a zona sul até Punta Lara, nas proximidades de La Plata, bem como nas descargas que despejam efluentes de chuva e esgoto no Riachuelo. Levantamentos sistemáticos com medições de vazão e amostragem da qualidade da água complementados por estudos em modelos matemáticos de comportamento hidráulico, sedimentológico e de qualidade da água.
ESTUDOS DA REDE DE CHUVA-ESGOTO DA CIDADE DE BUENOS AIRES E LOCAIS PRÓXIMOS
Os trabalhos realizados no sistema de drenagem de águas pluviais e esgoto da cidade de Buenos Aires e dos distritos circundantes podem ser resumidas como:
Monitoramento das descargas pluviométricas para o Rio da Prata localizado entre o Delta e La Plata.
Medições nos rios Reconquista e Luján.
Monitoramento das descargas pluviométricas para o Riachuelo.
Medições e Estudo do Sistema de Radio Antíguo da cidade de Buenos Aires.
Esses estudos de monitoramento e hidráulicos foram uma base de informações fundamentais para o desenvolvimento de estudos para o saneamento da faixa litorânea, conhecidos como Plano de Saneamento Integral e que posteriormente resultaram no Sistema Riachuelo, atualmente em construção, que inclui as obras do Interceptor da Margem Esquerda do Riachuelo, Coletor Litoral Norte, Estação de Tratamento Dock-Sud e Emissário Subfluvial.
As primeiras obras datam do início dos anos 90, com um inventário detalhado de descargas, que foi feito pela EIH mediante um voo de helicóptero fotográfico (deve-se notar que ferramentas como o Google Earth ainda não estavam disponíveis), cobrindo toda a borda costeira desde a foz do rio Luján até Punta Lara (aprox. 80 km de costa). Desta forma, foi possível identificar todos os condutos, valas, córregos e rios que descarregam suas águas no Rio da Prata. Em seguida, procedeu-se ao reconhecimento por terra e água e à realização de medições hidrométricas e amostragem de água.
Mais de 20 (vinte) principais descargas que descarregam no Rio da Prata foram então monitoradas sistematicamente por 5 anos, com periodicidade variável entre 3 e 6 meses. Esse monitoramento consistiu em medições de vazão e amostragem de água para quantificar as cargas poluentes fornecidas e a análise de seu comportamento hidráulico, particularmente para levar em conta o efeito do regime de marés do Rio da Prata. São mencionados entre outras descargas, as seguintes: El Arca, 33 Orientales, Perú, Borges, Medrano, Vega, Maldonado, Ugarteche, Doble e Triple Madero, Riachuelo, Sarandí, Santo Domingo, Giménez, Berazategui, Las Conchitas, El Gato, Canales Este e Oeste, Berisso.
Quanto às descargas para o Riachuelo, os trabalhos foram realizados nos principais canais de águas pluviais localizados entre Puente La Noria e a foz, em ambas as margens, incluindo: Cildañez, Pergamino, Erezcano, Teuco, Elía, Perdriel, Espinosa, Dean Funes e Bravo.
Ainda por ocasião de um rompimento do 3º Esgoto Máximo, com danos significativos, os efluentes de esgoto tiveram que ser desviados diretamente para o Riachuelo, durante as obras de reparo, a EIH desenvolveu e executou um plano de monitoramento a fim de avaliar o impacto ambiental no meio receptor dessas descargas não tratadas. Para o efeito, implementou um Modelo Matemático Hidrodinâmico e de Qualidade de Agua que permitiu a monitorização em tempo real da qualidade da água durante a execução das obras de reparação. As tarefas de monitoramento e modelagem em tempo real foram estendidas por 60 dias com medições contínuas de vazões, níveis e qualidade da água em vários coletores de águas pluviais.
Quanto ao sistema de dutos do Radio Antíguo, que é um sistema misto de condução chuva-esgoto, foram realizadas medições em diferentes pontos do mesmo para o estudo de sua capacidade de condução.